Blog do Ligeiro

São Luís em alerta: rodoviários aprovam estado de greve e cidade pode amanhecer sem ônibus na sexta-feira

A capital maranhense enfrenta uma iminente paralisação no transporte público. O Sindicato dos Rodoviários de São Luís aprovou, por unanimidade, um estado de greve com prazo de 72 horas, após não chegar a um acordo salarial com o Sindicato Patronal. A decisão, tomada em assembleia da categoria, visa pressionar por melhorias salariais e condições de trabalho. O prazo se encerra nas primeiras horas desta sexta-feira, 2 de fevereiro.

Os rodoviários aguardavam uma proposta concreta para a assinatura da Convenção Coletiva de Trabalho pelo Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros (SET). Contrariando as expectativas, o SET propôs a manutenção do salário de 2023 e uma redução de R$ 200 no tíquete-alimentação, uma medida que gerou descontentamento entre os trabalhadores.

Por outro lado, o SET alega ter enfrentado dificuldades em obter respostas dos órgãos municipais e estaduais responsáveis. Apesar de várias tentativas de diálogo com a Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT), a Secretaria Municipal de Governo (SEMGOV) e a Agência Estadual de Mobilidade Urbana (MOB), não houve retorno sobre os ajustes tarifários, uma decisão que cabe exclusivamente ao Poder Público.

A situação se agrava com a falta de posicionamento do poder concedente para encaminhar uma proposta e solução definitiva. A ausência de diálogo e a falta de ação na data-base do acordo coletivo de trabalho, que ocorre anualmente, são pontos críticos que reforçam a insatisfação de todas as partes envolvidas.

No cerne deste impasse, os mais afetados são os trabalhadores do setor de transporte e a população que depende desse serviço essencial. A possibilidade de uma paralisação total na sexta-feira coloca em xeque a mobilidade urbana na cidade, afetando diretamente a rotina de milhares de cidadãos.

O cenário é de incerteza e apreensão em São Luís, com a população aguardando ansiosamente por uma resolução que evite a paralisação total do transporte público. A continuidade das negociações é vital para garantir que os direitos dos trabalhadores sejam atendidos e que a cidade não sofra com a falta de um serviço tão essencial.

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